São cinco horas e Lisboa acorda As pessoas apressadas como brinquedos de corda, desembarcam do barreiro. Saem do comboio,assustadas ou como se tivessem pressa de ganhar dinheiro. São cinco horas e a explosão começou o raiar do sol ainda não chegou marcha-se aos encontros e os carros apitam, nada com harmonia, que importa?!.É a rotina dum novo dia; Os vagabundos aproveitam para roubar na folia. São cinco horas e os artistas vão-se deitar As luzes das janelas se acenderam Tudo acontece de repente,como se viessem todos ao mesmo tem de uma longa viagem e tivessem pressa de chegar,não reparam em seus rostos para se saudarem e ninguém mostra um sorriso de contente. São cinco horas em Lisboa e a alegria da noite foi embora,começa agora a alegria do dia,mas diferente. O tempo e hora marca a diferença, as mentes vivem de acordo com ele...cada mente cada tempo, mas que para vagabundo não existe. São cinco horas e Lisboa muda de camisa, ou camisola, todo o mundo está com ela, que no fundo é terra de vagabundo, de doutor, da gente de Angola, de tudo de bom e mau, de Timor ou Macau, Moçambique e Guiné Bissau.... Cabo Verde,...Lisboa campo de futebol...Que cresce...tudo cobre,como rede...de pesca sem anzol....De ti há gente em todos os países do mundo. São cinco horas e Lisboa no seu lugar, sem uma casa cair sem um só prédio vacilar , segura no século sem uma só guerra a perturbar, seus guerreiros a ir e a vir na batalha essencial da vida,guerreiros do trabalho, da descoberta, da coragem,de inventores e gente inteligente que popula no mundo inteiro,que na ida a Lisboa se abasteceu da condição e coragem requerida. Gente que descobre noutros lugares a melhor forma de ganhar dinheiro. Lisboa stock de seres humanos, do mundo inteiro e mentes diferentes,desde china há América;Portugueses que no fundo com todos se damos,povo de grande adaptação que sabe manter a sua razão, sem perder o ego, de descendencia de bastantes povos e tribos,cegos ao conflito do mundo. No tempo marcando a permanência, mas limpando tabus.
Sou do canto da Europa ou da porta, como queiram chamar. Mas sou sobretudo de uma terra linda que tem um bom clima e com um lindo mar. Sou descendente de fenícios,mouros,romanos,germânicos,celtas,luziados e muitas outras (raças) que a esta terra vieram parar. Sou descendente de sonhadores, poetas,artistas,inventores, ricos e pobres.
Que se diga, ou que se faça Sem briga nem desgraça Sem achar graça Sem querer se disputar por nada nem tão pouco se encontrar no meio da bicharada que é o que não falta neste mundo que bem no fundo lhe deu demasiados dilemas na origem de muitos problemas Senhores de paz?..que dizer deles!..se o vento vem do seu lado bom cheiro não traz; Dizem mentiras para tirarem proveito em seu beneficio,das palavras fazem conceito,através delas tiram direito e a mentira é o seu oficio. Antes queria viver correr o mundo tudo conhecer e ver como se tudo passava a fundo A aventura era tudo quanto eu amava A vida de vagabundo aventuras que se pode ter ou outras não tive meios de as fazer;Creio que já vi todo o ser que vive neste mundo, estou contente de saber, embora me tenha feito doer,como são as maneiras diferentes de viver.
Quero aprender Quero ser alguém Quero tudo fazer Quero que um dia falem de mim também Quero estar presente nos corações dos velhos, das crianças e de todo o mundo Que se lembrem de mim sem contemplações Que eu contribua para a felicidade, bem no fundo. Quero ser útil Quero servir os outros e a mim Não quero ser um fútil Que se esquece assim como um grão de areia que dura a eternidade por onde toda a gente passeia e não distingue a sua individualidade.
Já conheci a depressão Já vivi a angustia Já estive preso Já fui vitima de astucia conheci a sensação de perigo do medo e da raiva a traição de um amigo e a descarga de saraiva que me arrefecia nas noites sem dormir no destino que não queria sem ter para onde ir Vida é um mundo em que cada um marca a existência que ninguém conhece a fundo a marca da sua permanência Cada um vive dentro do seu ser utiliza a lei que a si condiz A lei de uns, para outros nada diz quem conjuga essas leis terá certamente um grande saber.
Quando eu era mais novo pensava que a vida pouco dava, que se vivia bastante tempo, mas não servia para nada. Conhecia um pouco, o povo de minha aldeia; Para mim viviam num ritmo lento, imaginava-os como abelhas numa colmeia, faziam sempre o mesmo de descendensia, Pensava que os velhos eram ignorantes,a minha consciência me dizia que tudo o que aprendia os velhos não conheciam antes e que o pobre seria sempre pobre,que a miséria o rodeava e que a felicidade não se pudesse instalar sobre tudo o que ela cobre.Tinha vergonha de mim. Como se estivesse sempre a passar por debaixo duma ponte e não pudesse encontrar o caminho que me pudesse levar sobre ela,tinha a sensação de caminhar sempre sozinho sem ter ninguem para me orientar, nem reparar no sentido de orientação Sentia um aperto de inferioridade Gostava de brincar com rapazes da minha idade,mas preferia brincar comigo mesmo, com bastante imaginação,Punha-me a olhar em algum lugar sem nada ver, um olhar tão curioso que até a professora quis saber, se esse olhar duvidoso estava a seguir a lição. Imaginava-me tudo....O melhor romancista não o faria melhor, imaginei tudo o que podia, desde um cão ao nosso Senhor. Liagem deformada, quero muda-la... Quero mudar a minha linguagem Ajuda?... É um bairro de Lisboa Pensamento? Quero muda-lo, quero trocar-me Força?... força minha,...Quero troca-la quero viver na força do navegar do vento quero existir no cair da chuva quero me expandir como se expande o sol e visitar tudo quanto ele abrange quero aquecer os mares e visitar o topo das nuvens e das montanhas Quero ajudar a animar os seres, os seres da natureza quero me misturar com tudo o que é universal e que não morre, sentir a força inpregnadora que move todas as coisas existentes,Visitar o centro da terra e o fundo dos mares Quero ser pequenino e visitar o universo de uma árvore,ser ainda mais pequeno e penetrar no centro humano, entrar no seu cerebro e compreender o seu funcionamento e empregar-me como criado de limpeza ou então ir mais longe , ser promovido e trabalhar na consciência, ou nas consciências colectivas. arquivar as que não servem e gerar as novas que são necessárias,para que o povo não se degrade. Para quê lembrar tristezas passadas se o presente se faz passar em limpias águas deslumbradas Para quê olhar timidamente o sol nascente mesmo que o passar da astucia demente nos fosse perturbar no sonho que dormia tranquilamente Para quê temer se á astucia na tranquilidade aparente se até o viver da Rússia se transformou num estado diferente Para quê fingir se comportar timidamente e pensar conseguir adivinhar os que os outros têm na mente. Para quê a angustia das coisas fúteis Para quê prever o futuro se o presente é confuso e se a vida é um furo suspenso por um fuso.
Matei um assassino não castiguei esse criminoso pois se pode saber, em grande quando se deveria de aprender em menino Tempo que resta duvidoso que bem ou mal, não se separam num instante Pela causa eu tentei compreender As estradas que levam á lógica tinham muito para percorrer.
O que que é a democracia? Quem são os democratas? Quererá isso dizer viver em harmonia e não haver inconsciente de castas? Nisso embora haja quem,que me incomode pelo seu carácter de snobe. Me sinto contente de ver, que de repente a superioridade nada pode , prendem contacto com a realidade e se á gente que os acode Para mim é viver a depressão em lidar com gente que lhes falta algo Não sei se foi educação que ao pensar se serão,filhos de fidalgo Falam de politica ou religião dizem-se isto ou aquilo não sabem que nada são Há!...Sim!...são ipocritas se alguma coisa dão,durante um ano ,dizem que fizeram uma grande acção
Os políticos fogem da politica Os mafiosos fogem da máfia Mas tanto um como outro na mesma fica O politico utiliza a máfia e o mafioso serve-se da politica e os traços de sangue que fica são dados ao povo fatia por fatia O soldado socorre o ferido O pobre socorre o pobre O doente é curado por o ente querido Mas ninguém socorre a quem tudo isto encobre Prestes a matar quem tudo descobre
Passeiam por tapetes vermelhos, Tapetes de sangue e são aplaudidos Formam concelhos, para resolver problemas da sociedade, onde os de bom senso e bondade são excluídos. São ajudados pelo povo, que vive numa falsa liberdade Que foi ipnotisado por todos os meios de fazer a publicidade