quarta-feira, 27 de abril de 2011

NO QUE A VIDA DÁ

Quando eu era mais novo pensava que a vida pouco dava, que se vivia bastante tempo, mas não servia para nada. Conhecia um pouco, o povo de minha aldeia; Para mim viviam num ritmo lento, imaginava-os como abelhas numa colmeia, faziam sempre o mesmo de descendensia, Pensava que os velhos eram ignorantes,a minha consciência me dizia que tudo o que aprendia os velhos não conheciam antes e que o pobre seria sempre pobre,que a miséria o rodeava e que a felicidade não se pudesse instalar sobre tudo o que ela cobre.Tinha vergonha de mim. Como se estivesse sempre a passar por debaixo duma ponte e não pudesse encontrar o caminho que me pudesse levar sobre ela,tinha a sensação de caminhar sempre sozinho sem ter ninguem para me orientar, nem reparar no sentido de orientação
Sentia um aperto de inferioridade
Gostava de brincar com rapazes da minha idade,mas preferia brincar comigo mesmo, com bastante imaginação,Punha-me a olhar em algum lugar sem nada ver, um olhar tão curioso que até a professora quis saber, se esse olhar duvidoso estava a seguir a lição.
Imaginava-me tudo....O melhor romancista não o faria melhor, imaginei tudo o que podia, desde um cão ao nosso Senhor.
Liagem deformada, quero muda-la...
Quero mudar a minha linguagem
Ajuda?...
É um bairro de Lisboa
Pensamento?
Quero muda-lo, quero trocar-me
Força?...
força minha,...Quero troca-la
quero viver na força do navegar do vento
quero existir no cair da chuva
quero me expandir como se expande o sol e visitar tudo quanto ele abrange
quero aquecer os mares e visitar o topo das nuvens e das montanhas
Quero ajudar a animar os seres, os seres da natureza
quero me misturar com tudo o que é universal e que não morre, sentir a força inpregnadora que move todas as coisas existentes,Visitar o centro da terra e o fundo dos mares
Quero ser pequenino e visitar o universo de uma árvore,ser ainda mais pequeno e penetrar no centro humano, entrar no seu cerebro e compreender o seu funcionamento e empregar-me como criado de limpeza ou então ir mais longe , ser promovido e trabalhar na consciência, ou nas consciências colectivas. arquivar as que não servem e gerar as novas que são necessárias,para que o povo não se degrade.
Para quê lembrar tristezas passadas
se o presente se faz passar
em limpias águas deslumbradas
Para quê olhar timidamente o sol nascente
mesmo que o passar da astucia demente nos fosse perturbar no sonho que dormia tranquilamente
Para quê temer se á astucia
na tranquilidade aparente
se até o viver da Rússia se transformou num estado diferente
Para quê fingir se comportar timidamente
e pensar conseguir adivinhar os que os outros têm na mente.
Para quê a angustia das coisas fúteis
Para quê prever o futuro
se o presente é confuso e se a vida é um furo suspenso por um fuso.


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